O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurobiológica, mais comum em meninos do que em meninas, sendo que, em meninas, o transtorno aparece normalmente de forma mais severa.
O transtorno compromete habilidades de comunicação, interação social e comportamento em diferentes níveis dos mais leves aos mais severos. Tais alterações podem ser observadas antes dos 2 anos, sendo indicado intervenção precoce ao primeiros sinais.
Muitos professores ainda enfrentam muitos desafios, ficam na dúvida em como trabalhar com essa inclusão em sala de aula de forma significativa e fazer com que ela se insira no grupo classe.
Leia nesse artigo algumas dicas de como trabalhar com crianças autistas na escola.
Crianças Autistas na Escola – Organização da Sala de Aula
Procure colocar no ambiente poucos distratores. Muitas imagens coladas da parede, cartazes e objetos espalhados podem tirar o foco da criança, que já tem dificuldade em manter a atenção na atividade proposta.
Posicione a criança em uma mesa longe de janelas com o objetivo também de manter o foco dentro da sala de aula.
Coloque-a sentada estrategicamente ao lado de outra criança que demonstra mais interesse em ajudar.
Crianças Autistas na Escola – Rotina
A rotina é importante para todas as crianças, mas para as crianças dentro do espectro autista se faz obrigatoriamente necessária. Organizar a rotina do dia com essa criança faz com que ela se organize internamente e saiba o que acontecerá, sem causar ansiedade pelo desconhecido.
Além de fornecer segurança e organização no tempo e no espaço.
Crianças Autistas na Escola – Realização das Tarefas Escolares
É importante abordar o conteúdo usando centros de interesse. O que isso quer dizer?
Se a criança gosta, por exemplo, de dinossauros, use esse desenho na folha de atividade explicando o enunciado (foto do dinossauro, um balão de fala e o enunciado dentro desse balão). Como se ele tivesse dizendo o que a criança deve fazer.
Não dê muita demanda ao mesmo tempo.
Na folha de atividade escreva apenas o necessário. Para as crianças mais velhas, substitua textos longos por mais imagens.
Reforce sempre! Além do elogio social como “Parabéns”, Você conseguiu” etc, use também objetos de seu interesse para que ela possa usar ou manusear após a realização de uma tarefa.
Vídeo aulas, com algumas crianças, também são estratégias interessantes para fazer com que ela foque mais no que está sendo dito. Filmes, documentários e, para crianças menores, faça pequenos vídeos mostrando o que você deseja que ela faça. Exemplo: se deseja que ela pinte algo, faça um vídeo seu pintando, mostre para a criança e diga “agora é a sua vez”.
Crianças Autistas na Escola – Socialização
O ambiente escolar é o local oportuno para o desenvolvimento de habilidades por meio de atividades de interação social.
Crianças com o Transtorno do Espectro Autista tem dificuldades em interagir socialmente. Por isso, ao invés de tentar aproximar essa criança ao grupo, faça com que o grupo se aproxime dessa criança.
Comece com apenas um colega realizando atividades em dupla, se não der certo a dupla na realização da atividade em si, mantenha-os fisicamente perto, mesmo que fazendo atividades distintas.
Pode ser um processo longo, mas trará bons resultados para todos.
Crianças Autistas na Escola – Acompanhamento de Profissionais Especializados
É importante salientar que o acompanhamento de especialistas faz-se mais que necessário, tendo em vista que a sala de aula reserva desafios diários para a criança e todos aqueles que utilizam o espaço em questão.
Portanto, não hesite quando o médico recomendar também a presença de profissionais como terapeutas ocupacionais, analistas comportamentais, psicólogos, psicopedagogos, pedagogos e fonoaudiólogos para compor o tratamento de seu filho. Cada um deles exerce uma função especial no progresso da criança.
Psicopedagoga Moema – Carolina Burd
A psicopedagogia é um campo de atuação em educação e saúde que se ocupa do processo de aprendizagem considerando os aspectos, biológicos, emocionais, familiares e escolares.